quinta-feira, 17 de maio de 2012

Das rampas de skate à juventude


Me lembro das garotas de floral que conheci, das noites que virei, sendo um cara esperto e fazendo uma historia de verão, baseado em uma teoria dinâmica gastativa... Eu olhava a constelação Karina, às 4AM, com a hidropônica no bolso, pensando em como seria a costa verde e a terra do nunca, e no quanto seu namorado era um cuzão. Só quis saber de good trips, de ser VIP e fazer festinhas no meu pai, e assim vivi até minha formatura. Também me lembro das minhas mentalmorfoses e das vezes que te ouvi falar de mim e do melhor bodyboarder da minha rua, me colocando em segundo lugar, sem o universo a nosso favor. Naquela época só tinha uma certeza: “o mundo vai girar”. E girou...
Depois de vinte cinco do doze minha vida mudou. Hoje sou um viajante que escuta as cigarras, e fazendo sol ou chuva, estarei pra sempre suave cultivando meu polisenso. Vou descendo o rio, com a minha joia, cogitando infinitas possibilidades de viver minha tropicália digital e quando a alma transborda, sigo o som do meu coração.
Descobri o segredo da alegria compartilhada, de ver a garça voar com colírio nos olhos, e ainda quero viajar, conhecer um panorama diferente com um eremita moderno, andar pelo largo dos leões, falar sobre Sócrates e a deusa da música, curtir um gruvi quântico e viver uma noite em havana.
Quem vai, vai, mas enquanto não vou, espero o dia do alívio, pra dissolver e recompor tudo aquilo que se perdeu.  Vivi, cresci e amadureci, e aí sim, descobri onde é minha morada, percebi que não era tarde demais pra tentar e fiz valer à pena o meu “viva lá revolución”

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