É muito comum nós acharmos que conhecemos as pessoas com quem convivemos basicamente todos os dias, mas na verdade não conhecemos nem a nós mesmos. A vida é um constante aprendizado sobre o mundo e acima de tudo, sobre nosso interior, sobre o que precisamos, sobre o que queremos para nós. E a gente só realmente consegue enxergar dentro de uma outra pessoa, em uma situação extrema, porque é nesse momento que você pode ver até onde aquela pessoa vai, seja por você, seja por drogas, por bebida ou ao menos por um pequeno abraço, às vezes por coisas fúteis, mas de fato quando se atinge o limite de um ser humano é que se chega perto de conhecê-lo. Em algum momento as pessoas se verão no fim da linha, na ultima pedra que restava para caminhar por cima. Em algum momento o mundo de fantasia acaba, e aí o que se faz?
Além dos limites do outro, existem os nossos limites. E esses, como ficam? Até quando, até onde aguentaremos? Resistiremos por quanto tempo? Precisamos saber impor aos outros os nossos limites para que não façam deles apenas mais um obstáculo que querem ultrapassar.
Vivemos da ilusão de que todos que nós gostamos são pessoas legais, pessoas direitas. Mas será que quando a coisa esquenta aquela pessoa tão calma saberá discernir o certo do errado? Será que ela vai demonstrar a você o amor que havia dentro dela? Talvez tudo isso se esvaia em pequenos gestos, e na hora da verdade, o mansinho vira monstro e uma faísca torna-se uma fogueira.